a dor é uma desordem inimiga
das palavras com o silêncio todo fora
do lugar. saberemos tomar um caminho
por essa floresta escura? poderemos
sequer recuperar a pequena bússola partida,
a caneta e o papel, as nossas certezas
de trazer no bolso?
não nos avisaram contra o medo,
não nos disseram que pode chegar
a qualquer hora, deslealmente,
enquanto o sol dorme na paisagem e as ervas
se levantam para receber o Verão. e agora
que nos perdemos, quase, sem mapa ou sentido
que nos sirva, o nosso único guia é o amor
dos que nos esperam numa sala branca
onde o chão nos falta e não há estações.
rui pires cabral
das palavras com o silêncio todo fora
do lugar. saberemos tomar um caminho
por essa floresta escura? poderemos
sequer recuperar a pequena bússola partida,
a caneta e o papel, as nossas certezas
de trazer no bolso?
não nos avisaram contra o medo,
não nos disseram que pode chegar
a qualquer hora, deslealmente,
enquanto o sol dorme na paisagem e as ervas
se levantam para receber o Verão. e agora
que nos perdemos, quase, sem mapa ou sentido
que nos sirva, o nosso único guia é o amor
dos que nos esperam numa sala branca
onde o chão nos falta e não há estações.
rui pires cabral
6 Comments:
ei! isto não se pode fazer.
os versos dele são uma coisa baixinha, imperceptível. uma coisa óbvia no meio de nós.
nunca um copy paste
claro que se pode, m.
claro que se deve, aliás.
os versos dele curam, e a cura não vou escondê-la nunca.
Termos medo , embora nos proteja também nos tolhe, e como dizia o O'Neil "é mesmo isso o que o medo quer"
MPMBA
que há versos que nos salvam, janeca, sabemos nós com muita força.
falava da forma,
de como a forma corrompe..
acordei e o que vi no mundo foi um
poeta branco corrompido:
claro que grito
o que
não se pode fazer.
talvez tenhas razão.
devolverei aos poemas a sua forma original, porque nao quero correr o risco de corromper.
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