DO AMOR DESESPERADOA noite não quer virpara que tu não venhas,nem eu possa ir.Mas eu ireinem que um sol de lacraus me devore a fronte.Mas tu viráscom a língua queimada pela chuva de sal. O dia não quer virpara que tu não venhas, nem eu possa ir.Mas eu ireientregando aos sapos meu cravo mordido.Mas tu viráspelas turvas cloacas da escuridão.Nem a noite nem o dia querem virpara que por ti eu morrae tu morras por mim.Federico García Lorca
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