nao estou em trento, voltei para lisboa, mas nao quer dizer que tenha voltado a esta.
Monday, October 16, 2006
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nao sei se voltar a este blog, se continuar com o datrento.
nao estou em trento, voltei para lisboa, mas nao quer dizer que tenha voltado a esta.
nao estou em trento, voltei para lisboa, mas nao quer dizer que tenha voltado a esta.
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Thursday, June 08, 2006
coisas bonitas com que nao estou necessariamente de acordo.mas que sao bonitas anyway.
"nunca verás a cicatriz que tenho no joelho esquerdo, de ser este desastre ambulante que se fere em todas as esquinas do mundo."
"as pessoas me dizem que estou a dar cabo dos olhos. o que é normal, bem visto que a tristeza é um bicho que se traz agarrado às pálpebras e que vai comendo o olhar em redor das órbitas."
"nunca saberás como o que trago por dentro é um desejo inútil, uma vontade sem propósito de que a minha vida me pertença."
"é verdade, já não fui a tempo. nunca cheguei a ensinar a pele a usar a cabeça. contra mim cada centímetro em que me fazias falta."
"Não saberei nunca
dizer adeus
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser
Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo
Não é este sosseg
oque eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mimo que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,escrevo
Mia Couto
Poema da despedida"
"não conheço
os lugares onde não estás."
"Devias saber
que é sempre tarde
que se nasce, que é
sempre cedo
que se morre.
E devias
saber também
que a nenhuma árvore
é lícito escolher
o ramo onde as aves
fazem ninho e as flores
procriam.
Albano Martins"
"as pessoas me dizem que estou a dar cabo dos olhos. o que é normal, bem visto que a tristeza é um bicho que se traz agarrado às pálpebras e que vai comendo o olhar em redor das órbitas."
"nunca saberás como o que trago por dentro é um desejo inútil, uma vontade sem propósito de que a minha vida me pertença."
"é verdade, já não fui a tempo. nunca cheguei a ensinar a pele a usar a cabeça. contra mim cada centímetro em que me fazias falta."
"Não saberei nunca
dizer adeus
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser
Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo
Não é este sosseg
oque eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mimo que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,escrevo
Mia Couto
Poema da despedida"
"não conheço
os lugares onde não estás."
"Devias saber
que é sempre tarde
que se nasce, que é
sempre cedo
que se morre.
E devias
saber também
que a nenhuma árvore
é lícito escolher
o ramo onde as aves
fazem ninho e as flores
procriam.
Albano Martins"
Um dia é maior do que a soma
das suas horas, às vezes comporta
todos os invernos e as estações assombradas
pelos prejuízos do prazer.
Eu e tu, que desculpa ainda nos justifica?
A cidade não foi feita para as nossas pretensões,
está apenas alastrada por dentro de nós, crispação
de pedras e espinhos no laço desfeito entre as veias.
Adiantamos o corpo aos rolamentos da noite,
é a própria razão que nos ilumina os atalhos
para o esquecimento. Um ano inteiro não será suficiente
para tudo o que não nos acontece.
Rui Pires Cabral
das suas horas, às vezes comporta
todos os invernos e as estações assombradas
pelos prejuízos do prazer.
Eu e tu, que desculpa ainda nos justifica?
A cidade não foi feita para as nossas pretensões,
está apenas alastrada por dentro de nós, crispação
de pedras e espinhos no laço desfeito entre as veias.
Adiantamos o corpo aos rolamentos da noite,
é a própria razão que nos ilumina os atalhos
para o esquecimento. Um ano inteiro não será suficiente
para tudo o que não nos acontece.
Rui Pires Cabral
Tuesday, April 11, 2006
Wednesday, January 11, 2006
Sunday, January 08, 2006
Saturday, January 07, 2006
Thursday, January 05, 2006
As pessoas nunca se sentem tão à vontade; nem compartilham uma alegria tão imprudente, se não houver a possibilidade de uma comoção ou mesmo de uma catástrofe."
Carson McCullers
o meu avô faz hoje 80 anos.
viemos, todos o que puderam, fazer uma festa surpresa.
e, sintonia das sintonias!, o meu avô tinha-nos escrito, às netas (e ao neto!) um resumo da vida do meu avô.
um verdadeiro luxo.
um verdadeiro luxo.
um verdadeiro luxo.
é bom como a vida me ensina. muitas vezes mesmo antes de me ir embora.
muitas vezes antes de me ir embora e coisas que me são mesmo úteis para a partida.
desta vez, como da outra, acho que (re)aprendi o tamanho da distância.
o meu avô nasceu em lisboa, morou em oeiras, aveiro, luanda, penafiel. e mais uns quantos sítios.
viveu em dois continentes.
teve quatro filhos.
cinco netos.
um amor eterno. daqueles mesmo à baunilha.
talvez, aliás!, o amor que fez de mim baunilha.
a minha família é o maior dos luxos.
viemos, todos o que puderam, fazer uma festa surpresa.
e, sintonia das sintonias!, o meu avô tinha-nos escrito, às netas (e ao neto!) um resumo da vida do meu avô.
um verdadeiro luxo.
um verdadeiro luxo.
um verdadeiro luxo.
é bom como a vida me ensina. muitas vezes mesmo antes de me ir embora.
muitas vezes antes de me ir embora e coisas que me são mesmo úteis para a partida.
desta vez, como da outra, acho que (re)aprendi o tamanho da distância.
o meu avô nasceu em lisboa, morou em oeiras, aveiro, luanda, penafiel. e mais uns quantos sítios.
viveu em dois continentes.
teve quatro filhos.
cinco netos.
um amor eterno. daqueles mesmo à baunilha.
talvez, aliás!, o amor que fez de mim baunilha.
a minha família é o maior dos luxos.
Wednesday, January 04, 2006
Monday, January 02, 2006
Friday, December 30, 2005
Thursday, December 29, 2005
Wednesday, December 28, 2005
Monday, December 26, 2005
Thursday, December 22, 2005
diz que não sabe do medo da morte do amor
diz que tem medo da morte do amor
diz que o amor é morte é medo
diz que a morte é medo é amor
diz que não sabe
Alejandra Pizarnik
Be careful of words, even the miraculous ones. For the miraculous we do our best, sometimes they swarm like insects and leave not a sting but a kiss. They can be as good as fingers. They can be as trusty as the rock you stick your bottom on. But they can be both daisies and bruises. Yet I am in love with words. They are doves falling out of the ceiling. They are six holy oranges sitting in my lap. They are the trees, the legs of summer, and the sun, its passionate face. Yet often they fail me. I have so much I want to say, so many stories, images, proverbs, etc. But the words aren't good enough, the wrong ones kiss me. Sometimes I fly like an eagle but with the wings of a wren. But I try to take care and be gentle to them. Words and eggs must be handled with care. Once broken they are impossible things to repair.
Anne Sexton
Anne Sexton
Tuesday, December 20, 2005
recorte
Somos o perfume, o produto atómico da comunhão entre o que nos inere e o que escolhemos fazer-nos parte.
Monday, December 19, 2005
Saturday, December 17, 2005
when you try very hard to do something by the time you can do it, it is easy to do.
so effort is maybe
so effort is maybe
a kind of prayer.
diane arbus
Thursday, December 15, 2005
"vocês são todos uns mentirosos porque se vão todos embora", disse o andré valente. e eu concordei.
mas quem se vai embora sou eu.
Wednesday, December 14, 2005
Tuesday, December 13, 2005
Monday, December 12, 2005
(...)
Truth in drama is forever elusive. You never quite find it but the search for it is compulsive. The search is clearly what drives the endeavour. The search is your task. More often than not you stumble upon the truth in the dark, colliding with it or just glimpsing an image or a shape which seems to correspond to the truth, often without realising that you have done so. But the real truth is that there never is any such thing as one truth to be found in dramatic art. There are many. These truths challenge each other, recoil from each other, reflect each other, ignore each other, tease each other, are blind to each other. Sometimes you feel you have the truth of a moment in your hand, then it slips through your fingers and is lost.
(...)
So language in art remains a highly ambiguous transaction, a quicksand, a trampoline, a frozen pool which might give way under you, the author, at any time.
(...)
But as I have said, the search for the truth can never stop. It cannot be adjourned, it cannot be postponed. It has to be faced, right there, on the spot.
(...)
'Father,' he said, 'let me tell you something. In war, innocent people always suffer.' There was a frozen silence. We stared at him. He did not flinch. Innocent people, indeed, always suffer.
(...)
Our beginnings never know our ends.
(...)
It never happened. Nothing ever happened. Even while it was happening it wasn't happening. It didn't matter. It was of no interest. The crimes of the United States have been systematic, constant, vicious, remorseless, but very few people have actually talked about them. You have to hand it to America. It has exercised a quite clinical manipulation of power worldwide while masquerading as a force for universal good. It's a brilliant, even witty, highly successful act of hypnosis.
(...)
What has happened to our moral sensibility? Did we ever have any? What do these words mean? Do they refer to a term very rarely employed these days - conscience? A conscience to do not only with our own acts but to do with our shared responsibility in the acts of others? Is all this dead?
(...)
Blood is dirty. It dirties your shirt and tie when you're making a sincere speech on television.
(...)
Truth in drama is forever elusive. You never quite find it but the search for it is compulsive. The search is clearly what drives the endeavour. The search is your task. More often than not you stumble upon the truth in the dark, colliding with it or just glimpsing an image or a shape which seems to correspond to the truth, often without realising that you have done so. But the real truth is that there never is any such thing as one truth to be found in dramatic art. There are many. These truths challenge each other, recoil from each other, reflect each other, ignore each other, tease each other, are blind to each other. Sometimes you feel you have the truth of a moment in your hand, then it slips through your fingers and is lost.
(...)
So language in art remains a highly ambiguous transaction, a quicksand, a trampoline, a frozen pool which might give way under you, the author, at any time.
(...)
But as I have said, the search for the truth can never stop. It cannot be adjourned, it cannot be postponed. It has to be faced, right there, on the spot.
(...)
'Father,' he said, 'let me tell you something. In war, innocent people always suffer.' There was a frozen silence. We stared at him. He did not flinch. Innocent people, indeed, always suffer.
(...)
Our beginnings never know our ends.
(...)
It never happened. Nothing ever happened. Even while it was happening it wasn't happening. It didn't matter. It was of no interest. The crimes of the United States have been systematic, constant, vicious, remorseless, but very few people have actually talked about them. You have to hand it to America. It has exercised a quite clinical manipulation of power worldwide while masquerading as a force for universal good. It's a brilliant, even witty, highly successful act of hypnosis.
(...)
What has happened to our moral sensibility? Did we ever have any? What do these words mean? Do they refer to a term very rarely employed these days - conscience? A conscience to do not only with our own acts but to do with our shared responsibility in the acts of others? Is all this dead?
(...)
Blood is dirty. It dirties your shirt and tie when you're making a sincere speech on television.
(...)
discurso de Harold Pinter na entrega do Nobel de Literatura em 2005
Sunday, December 11, 2005
Saturday, December 10, 2005
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ser saco de pancada?
Friday, December 09, 2005
Wednesday, December 07, 2005
Monday, December 05, 2005
não sei criar.
talvez nem saiba receber o que os outros criam. queriam. quereriam. criariam.
suprema injustiça
talvez nem saiba receber o que os outros criam. queriam. quereriam. criariam.
suprema injustiça